Pastel de Chaves

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Pastel de Chaves
Os folhados, recheados com carne de vitela, são um dos principais símbolos da cidade de Chaves.
O famoso Pastel de Chaves, folhado recheado com carne de vitela em forma de meia-lua que é um dos maiores símbolos daquela cidade portuguesa, está, desde esta terça-feira, protegido pela União Europeia contra “falsificações”.

A iguaria flaviense conquistou, esta semana, depois de um longo processo burocrático, a denominação de “Indicação Geográfica Protegida” (IGP), certificação oficial estipulada pela Europa e que impede que os pastéis sejam produzidos fora do local de origem ou por produtores não certificados.

De acordo com a Câmara Municipal de Chaves, a história do célebre folhado remonta ao ano de 1862, “quando uma vendedora, cuja origem de desconhece, percorria a cidade com uma cesta contendo uns pastéis de forma estranha e cuja quantidade não era suficiente para saciar” a população.

Face à escassez e à necessidade de satisfazer “a gula transmontana”, a fundadora da Casa do Antigo Pasteleiro, “terá oferecido uma libra pela receita de tão gostosa iguaria”, conta a autarquia no seu site oficial.

Os folhados perduraram, assim, “na memória e no paladar” dos habitantes locais e “acabaram por conquistar um lugar de destaque” na gastronomia portuguesa, tendo mesmo já sido considerados “os melhores pastéis folhados” do país.

Para a Câmara de Chaves o folhado, que, assim, integra uma lista de mais de 1.200 produtos protegidos, é “um símbolo da pastelaria do concelho”, ascendendo a sua produção diária a mais de 25.000 unidades confecionadas por cerca de três dezenas de empresas locais.

“A maioria das pastelarias da cidade produz e vende [o Pastel de Chaves] nas suas próprias instalações, estando o produto em franca expansão”, congratula-se o organismo flaviense, acrescentando que o folhado “já é comercializado em vários pontos do país”, sendo congelado para fins de transporte.

A classificação IGP (Indicação Geográfica Protegida) é regulamentada pela União Europeia e atribuída a produtos gastronómicos ou agrícolas produzidos, tradicionalmente, numa região específica.

A atribuição desta certificação garante que os produtos em questão foram produzidos na região de origem e que as suas caraterísticas, qualidade e modo de confeção respeitam as tradições que os tornaram célebres.

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