Todos os dias há acontecimentos positivos em Portugal e no mundo que devem ser destacados: essa é a função do Boas Notícias.

Guardian revela surpresas da gastronomia portuguesa
© Sol e Pesca – Antiga loja de artigos de pesca é agora um bar e conquistou a correspondente do jornal britânico

Lisboa volta a deixar os ingleses, literalmente, de água na boca. O jornal The Guardian publicou um artigo exclusivo onde elogia as surpresas gastronómicas que se provam por Lisboa, quer em “cafés de esquina, em tascas gourmet ou quiosques à beira-mar”.

“Nem tudo é bacalhau ou pasteis de nata na capital portuguesa”, afirma a jornalista correspondente, Isabel Choat. Numa excursão gastronómica por Lisboa, a autora provou uma série de petiscos de eleição dos portugueses e, no fim, elaborou um novo e elogioso texto sobre os segredos e delícias de Portugal.

A viagem começou no Mercado da Ribeira, numa “tenda cheia de sacos com caracóis, destinados a algumas das incontáveis tavernas espalhadas por Lisboa, onde os pequenos moluscos são um petisco popular, especialmente no verão, acompanhado de uma imperial bem gelada”.

Guiada por Célia Pedroso e Filomena Pinto, da EatDrinkWalk, empresa que organiza tours gastronómicas a pé pela cidade, Choat conheceu aquele que é o maior centro de venda de produtos frescos da capital. “Por ser o sítio mais barato para comprar produtos do dia, o Mercado é muito popular entre os chefs e habitantes da cidade, mas são poucos os turistas que arriscam a entrar”, escreve.

A uma curta caminhada fica o Sol e Pesca, uma pequena loja de artigos de pesca transformada em bar por Henrique Vaz Pato, cujo livro de receitas – com o mesmo nome – elevou a sardinha assada a ingrediente favorito para elaboração de petiscos gourmet.

the-guardian-1

“Mas, apesar da fama, o Sol e Pesca mantém-se fiel às origens. Trata-se, essencialmente, de um simples bar que sabe fazer uma coisa muito bem: petiscos com peixe em conserva.”

Como prova de que a humilde sardinha se tornou tão popular na cozinha portuguesa, metade das latas de sardinha, mexilhões, lulas, polvo, atum e enguias, dispostas nas prateleiras do Sol e Pesca vêm com um design muito moderno e atrativo que fez a jornalista pensar em decorar a sua própria cozinha com elas.

“Para aqueles que não se quiserem ficar pela admiração das latas, podem mesmo selecionar uma e, por mais um 1€, ter o conteúdo servido em broa de milho, acompanhado de um copo de vinho tinto”, acrescenta Choat.

O melhor à mesa nos quiosques da capital

Depois de atravessar a nova avenida que liga o Cais do Sodré à Praça do Comércio, a jornalista descobriu uma outra “humilde mas brilhante especialidade lisboeta – os quiosques”. Já existem há mais de um século e “alguns até marcam presença nos miradouros, parques e cenários mais idílicos da capital para quem quiser um snack, café ou cocktail”.

O mais recente da zona é o quiosque da Sea Me, uma extensão do já conhecido restaurante de marisco da cidade, com o mesmo nome. A jornalista sugere uma sopa de peixe (2,75€), o hambúrguer de salmão (6,50€) e um copo de vinho verde (2,50€), enquanto se contempla a paisagem do rio Tejo.

Destaque ainda para a Pensão Amor, “um antigo bordel”, agora transformado em bar, que nos “remete para os seus tempos antigos, com paredes cobertas de seda e peles de tigre, poltronas de veludo vermelho e uma livraria erótica”.

the-guardian-2

A última paragem desta excursão gastronómica foi no The Wine Spot, “um elegante e novo bar de vinho, num atrativo e agradável pátio da Calçada Nova de Saão Francisco”, onde é possível gastar-se 300€ numa garrafa ou 2,70€ por um copo.

Isabel Choat conclui o artigo a dizer que “mesmo se não tivesse comido nada a não ser bacalhau tipicamente português e pastéis de nata, teria adorado Lisboa. As paisagens com os telhados de terracota, as igrejas e uma espetacular ponte suspensa a cada esquina, os adoráveis elétricos amarelos que percorrem os pitorescos bairros da capital – tudo isto faz da cidade um retiro fantástico”.

“O facto de haver tão mais a dizer sobre a sua cozinha, para além da comida tradicional, só fez com que gostasse ainda mais de Lisboa, do que aquilo que já gostava”, conclui a jornalista.

Leia o artigo completo, em inglês, AQUI.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *